Uma nova tecnologia de rastreamento ocular está trazendo esperança para o diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A Avaliação EarliPoint, desenvolvida com participação do neurocientista brasileiro Ami Klin, já é usada nos Estados Unidos para detectar sinais de autismo em crianças de 16 a 30 meses. Ela promete revolucionar a forma como o diagnóstico é feito no mundo.
Como o exame funciona?
O exame funciona de maneira simples e rápida. A criança assiste a vídeos curtos com interações sociais enquanto uma câmera registra seus movimentos oculares. O sistema analisa, em tempo real, para onde a criança está olhando — se ela foca em rostos, emoções e interações, ou se prefere objetos e detalhes menos relevantes. Essa análise ajuda a identificar padrões típicos de crianças com autismo.
Nos Estados Unidos, a tecnologia foi aprovada pela FDA (agência reguladora local) e já está presente em dezenas de centros especializados, realizando milhares de exames por ano. Os resultados saem em cerca de 15 minutos, permitindo um diagnóstico rápido e objetivo, algo que ainda é um grande desafio na maioria dos países.
E no brasil?
Apesar de o neurocientista por trás da tecnologia ser brasileiro, o exame ainda não foi aprovado no Brasil. Por enquanto, ele só está disponível em clínicas específicas nos Estados Unidos. Isso significa que famílias brasileiras interessadas na avaliação precisam viajar para fora do país ou aguardar a regulamentação por aqui.
A aprovação dessa tecnologia no Brasil depende da análise da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), além de estudos locais e investimentos em estrutura.
No entanto, especialistas veem com otimismo a possibilidade de trazer a Avaliação EarliPoint para o sistema de saúde brasileiro no futuro, principalmente por seu potencial de oferecer um diagnóstico mais precoce, preciso e acessível.
Por que o diagnóstico precoce é importante?
Diagnosticar o autismo o quanto antes é fundamental para que a criança receba apoio adequado desde cedo. Intervenções precoces aumentam as chances de um bom desenvolvimento, melhoram as habilidades sociais e favorecem a inclusão.
Enquanto a tecnologia ainda não chega ao Brasil, é importante que pais, pediatras e educadores fiquem atentos aos sinais do autismo e busquem avaliação com profissionais especializados assim que houver suspeitas.
Além disso, sempre busque profissionais especializados na área para ajudar no diagnóstico e tratamento.
