A relação entre musicoterapia e autismo tem se mostrado muito benéfica. No entanto, essa terapia alternativa ainda não é muito difundida como tratamento do TEA.
Visando apresentar os benefícios da musicoterapia para autismo, preparamos um artigo com todas as informações que você precisa para conhecer a prática e entender o que ela proporciona para as crianças no espectro.
Continue com a gente para saber mais!
O que é a musicoterapia?
A musicoterapia é uma terapia que une arte e neurociência.
Chegou ao brasil na década de 1970, e foi fortemente difundida nos anos 80. Em 1978, foi reconhecida pelo Conselho Federal de Educação, e desde então é utilizada em espaços como escolas, hospitais, consultórios e lares de idosos.
Através dessa prática, o paciente consegue desenvolver habilidades como comunicação, expressão e coordenação motora.
Devido a esses benefícios, é aplicada na reabilitação e prevenção de condições neurológicas degenerativas ou sofrimento mental, e ajuda a aumentar a qualidade de vida dos pacientes em processo terapêutico.
Até hoje, já foram feitas diversas pesquisas sobre a musicoterapia, e já se sabe que os componentes da música (ritmo, harmonia, melodia) e o manuseio de instrumentos musicais são muito importantes para o desenvolvimento dos indivíduos.
Além disso, para ser musicoterapeuta é preciso ter uma formação responsável e certificada, o que atesta sua cientificidade.
Musicoterapia e autismo: benefícios
No caso dos pacientes com Transtorno do Espectro Autista, a musicoterapia vem se mostrando uma grande aliada. Visto que sintomas característicos do TEA como alta ou hipo sensibilidade sensorial, prejuízo nas funções executivas e comunicação podem ser retardados por essa prática.
Dessa forma, a terapia ajuda os pacientes a se desenvolver, principalmente se for iniciada na infância.
Alguns dos principais benefícios são:
- Diminuição do estresse
- Melhora na expressão dos sentimentos
- Melhora na comunicação (verbalizações, vocalizações, vocabulário…)
- Melhora na coordenação motora
- Aumenta o foco e atenção
- Reduz a ansiedade
- Melhora a consciência corporal
- Aumenta a criatividade
- Melhora a memória
Além de tudo isso, a musicoterapia pode ajudar na socialização do paciente em outros espaços, principalmente quando a prática é coletiva.
Como funciona
No tratamento com musicoterapeuta, o paciente se desenvolve a partir de suas próprias necessidades.
Afinal, cada pessoa com TEA é diferente, então não poderia haver uma única forma de atender a todos os públicos. Ainda, as sessões são pensadas para um grupo ou de forma individual, e cada um desses tipos tem particularidades.
Tanto para crianças quanto jovens, o terapeuta utiliza de instrumentos musicais variados, músicas, exercícios de vocalização e brincadeiras.
Através da música, o paciente aprende a se desenvolver e também a escutar os outros, o que é fundamental para o fortalecimento da empatia.
Os sons também estimulam o corpo a se movimentar. Assim, com a dança os pacientes desenvolvem a consciência corporal.
Outra parte da terapia é o reconhecimento e discriminação dos diversos sons, o que amplia seus estímulos sensoriais.
Por fim, a memória e a concentração também são incentivadas.
Ou seja, a musicoterapia é extremamente complexa e abrangente, e contempla diversas áreas do corpo. Por isso, é muito eficiente nos casos de TEA.
Mas é essencial ressaltar que essa terapia deve ser conduzida apenas por profissionais da saúde qualificados.
Se você deseja saber mais sobre musicoterapia para autismo, marque uma consulta com a Dra. Jaqueline Bifano, psiquiatra infantil.