Você sabe qual é a relação entre autismo e sensibilidade sensorial?
Pode ser que você já tenha percebido, durante a convivência com um autista, que alguns estímulos sensoriais o incomodam. Esses estímulos inclusive atrapalham a qualidade de vida do autista e até mesmo privam-no de vivenciar algumas situações cotidianas.
Por isso, é muito importante entender melhor esse assunto e saber o que fazer para tornar esses estímulos mais aceitáveis para autistas, ajudando-os a viver sem sobrecarga sensorial.
A seguir, compreenda a relação entre autismo e sensibilidade sensorial.
O que é a sensibilidade sensorial?
A sensibilidade sensorial é um dos sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e se trata de maior dificuldade em processar estímulos sensoriais, como cores, sons, texturas, luzes, cheiros etc.
Isso pode acontecer com qualquer situação do dia a dia, tanto ao se vestir, com estampas de roupas quanto em eventos sociais, com sensações de toque de objetos, por exemplo.
Autismo e sensibilidade sensorial
No caso dos autistas, pode haver hiper ou hiposensibilidade, e ambas são difíceis para esses indivíduos.
No caso da hipersensibilidade, qualquer estímulo gera um desconforto muito grande. Por exemplo, uma pessoa neurotípica pode estar assistindo à tv em um volume que considera baixo, mas para o autista, esse volume pode estar muito mais alto e causar um grande incômodo. O mesmo acontece com a textura de alguns alimentos que causam desconforto, e assim o indivíduo evita de comê-lo.
Já no caso da hiposensibilidade, o paciente se sente atraído pelos objetos e deseja tocá-los, levá-los à boca etc, o que pode ser perigoso ou inadequado em algumas situações.
É preciso deixar claro, também, que cada autista é diferente, e que a sensibilidade sensorial se manifesta de formas distintas em cada grau do autismo.
Como ajudar as pessoas autistas a lidar com isso
Considerando que os estímulos podem causar sobrecarga sensorial e atrapalhar muito a qualidade de vida do autista, é fundamental tomar algumas providências para ajudá-los nesse sentido:
Adeque os espaços
Em casa, sempre que puder, mantenha as luzes mais fracas e os sons mais baixos; evite gritar com autistas; evite muitas texturas, estampas e cores nos móveis da casa.
Se o autista apresentar dificuldades na comunicação e não conseguir falar o que incomoda, perceba sinais de que aquele cenário está sendo difícil para ele.
Entenda as limitações do autista
Fora de casa, pode ser que o indivíduo precise utilizar óculos escuros para lidar com a luz do ambiente ou até mesmo protetores auriculares para conviver bem com o som.
Por isso, é importante que na escola ou ambiente de trabalho essas limitações sejam compreendidas, a fim de garantir que a pessoa tenha qualidade de vida para desempenhar sua rotina.
Terapias integradas
As terapias integradas como ocupacional, cognitivo-comportamental e alimentar devem ajudar o paciente a compreender sua sensibilidade, aprender a lidar com situações de maior estímulo e controlar a ansiedade diante delas.
O tratamento com fonoaudiólogo também pode ajudar, visto que promove algumas técnicas para reduzir a sensibilidade sensorial.
Nesse artigo você pôde compreender um pouco sobre a relação entre autismo e sensibilidade sensorial, além de como ajudar os pacientes nessa situação.
Para entender melhor o autismo e porque isso se dá, convidamos à leitura de um artigo sobre os principais sintomas do autismo.
1 comentário
Olá gostei muito dessa matéria sobre sensibilidade