Sim, é possível. Adultos autistas podem viver com autonomia, tomar decisões, trabalhar, cuidar da própria casa e construir uma vida com independência — mas isso nem sempre acontece da mesma forma ou no mesmo ritmo para todos.
A autonomia não é uma meta única. Ela é construída passo a passo, respeitando as características individuais de cada pessoa. E com o apoio certo, essa caminhada pode ser muito mais leve e segura.
O que significa ter autonomia?
Ter autonomia não quer dizer “fazer tudo sozinho”. Significa ter poder de escolha, tomar decisões sobre a própria vida e ter suporte adequado quando necessário. Para pessoas autistas, isso pode envolver:
- Cuidar da rotina (alimentação, sono, higiene).
- Organizar compromissos e tarefas diárias.
- Trabalhar ou estudar com suporte.
- Fazer escolhas sobre relacionamentos e lazer.
- Lidar com questões emocionais e sensoriais com mais segurança.
Segundo um estudo publicado na revista Autism in Adulthood, adultos autistas que contam com apoio personalizado têm mais chances de desenvolver autonomia e alcançar uma vida satisfatória.
Desafios reais, soluções possíveis
É comum que adultos autistas enfrentem dificuldades com mudanças de rotina, sobrecarga sensorial, ansiedade social ou organização do dia a dia. Por isso, o desenvolvimento da autonomia precisa de:
- Adaptações práticas: como agendas visuais, lembretes, ambientes calmos.
- Apoio profissional: com psicólogos, psiquiatras ou terapeutas ocupacionais.
- Rede de apoio: família, amigos ou grupos que respeitam a individualidade.
- Respeito ao tempo de cada um: cada pessoa tem seu próprio ritmo.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos sobre o Autismo, a autonomia pode — e deve — ser trabalhada desde a juventude até a vida adulta, mesmo em casos com maior grau de suporte.
Não existe um modelo único de independência
Alguns adultos autistas vão morar sozinhos, outros preferem dividir a casa com alguém de confiança. Alguns trabalham em tempo integral, outros precisam de ambientes mais estruturados. E tudo bem.
O mais importante é que a pessoa se sinta respeitada, compreendida e tenha liberdade para ser quem é — com apoio onde for preciso e independência onde for possível.
Quer ajuda para desenvolver sua autonomia com equilíbrio?
A Dra. Jaqueline Bifano é psiquiatra e atua com acolhimento e orientação de adultos autistas. Com escuta atenta e conhecimento técnico, ela pode te ajudar a encontrar caminhos para uma vida mais autônoma e com qualidade.
Agende uma consulta pelo site psiquiatrajaquelinebifano.com.br.