Receber o diagnóstico de autismo na vida adulta pode causar um turbilhão de sentimentos. Alívio, confusão, medo, dúvida — tudo isso pode surgir ao mesmo tempo. Muitas pessoas passam anos tentando entender por que se sentem “diferentes”, e só encontram respostas depois de muito tempo.
Mas a verdade é que descobrir que você está no espectro autista, mesmo tardiamente, pode ser um ponto de virada. Um passo importante rumo ao autoconhecimento, à autoaceitação e à construção de uma vida mais leve.
Quer entender mais sobre o tema? Acompanhe este post até o final!
Você não está sozinho
Muitos adultos recebem o diagnóstico após perceberem dificuldades em interações sociais, rotina no trabalho ou sobrecargas emocionais. Outros chegam até ele ao acompanhar o diagnóstico de um filho ou familiar.
Segundo um estudo da revista Autism, o diagnóstico tardio está se tornando cada vez mais comum, principalmente entre mulheres e pessoas com autismo leve ou mascarado (também chamado de “autismo camuflado”).
Receber essa informação pode ser libertador. Você finalmente entende que não é “preguiçoso”, “estranho” ou “complicado”. Seu cérebro apenas funciona de uma forma diferente — e isso não é algo errado.
Buscar ajuda é essencial
Após o diagnóstico, é importante contar com apoio profissional para entender melhor o que isso significa na prática. Um psiquiatra ou psicólogo especializado pode te ajudar a:
- Compreender suas características individuais.
- Identificar gatilhos de estresse ou ansiedade.
- Construir estratégias para lidar com sobrecargas sensoriais ou sociais.
- Trabalhar a autoestima e a aceitação.
De acordo com o Instituto Neurodiversidade Brasil, o acompanhamento com profissionais que entendem o autismo é fundamental para uma vida adulta mais equilibrada, tanto na esfera pessoal quanto profissional.
Conhecimento muda tudo
Aprender sobre o autismo, sobre você e sobre os seus direitos é um passo poderoso. Ler, ouvir relatos de outras pessoas autistas e participar de grupos de apoio pode fazer com que você se sinta acolhido e menos sozinho.
Lembre-se: você não precisa “se encaixar” nos padrões dos outros. Sua forma de ver o mundo tem valor. O autismo não define tudo o que você é — mas entender essa parte pode transformar a maneira como você vive.
Quer conversar com quem entende do assunto?
A Dra. Jaqueline Bifano é médica psiquiatra e tem experiência na área para te ajudar no diagnóstico e tratamento.
Saiba mais em psiquiatrajaquelinebifano.com.br e agende um atendimento com quem pode te orientar com empatia e conhecimento.
1 comentário
Meu diagnóstico veio aos 50 anos após uma crise severa no trabalho com necessário afastamento para a investigação. Após o diagnóstico senti muitas coisas… Alívio, identidade, pertencimento, força, mas também me senti uma “fraude”, pois em alguns aspectos havia tentado viver uma vida que não me representava. Apenas tinha me esforçado dia após dia para negar quem eu sou, o que sentia e me adequar ao “padrão de normalidade”. O que não deu certo e só me causou frustração. Depois do diagnóstico cresceu a minha determinação para descobrir e viver “quem eu sou”.