As causas do autismo são várias, e podem estar relacionadas a diferentes fatores, inclusive genéticos. Sendo assim, conhecer as principais pode auxiliar muito na identificação do TEA em crianças e até nos adultos.
No post de hoje, vamos explicar um pouco sobre cada um dos fatores de risco do autismo, qual é o fator predominante e outras questões que podem auxiliar no diagnóstico.
Se você deseja saber mais sobre as causas do autismo, siga a leitura!
Conheça as causas do autismo
A seguir, vamos explicar um pouco sobre três principais fatores de risco: genéticos, ambientais e de gênero:
Fatores genéticos
De acordo com o Manual DSM-5, as estimativas de herdabilidade do autismo variam muito, com taxas entre 37% e 90%. Essas estimativas se deram a partir de estudos entre gêmeos.
Em uma recente pesquisa publicada pela Jama Psychiatry, após investigar mais de 2 milhões de pacientes, os pesquisadores chegaram ao resultado de que 80% dos casos de autismo eram genéticos, o que ressalta os índices trazidos pelo manual.
Além disso, também foram estudadas possibilidades de haver mutações genéticas, mas essa alternativa alcança percentuais bem menores, chegando a 15%.
Dessa forma, apesar de existirem outras causas ou fatores de risco, os fatores genéticos são predominantes nos diagnósticos de autismo. Entender que esse é o fator predominante é fundamental, afinal auxilia inclusive na identificação precoce do TEA, o que é essencial para o tratamento dos pacientes.
Fatores ambientais
Além dos fatores genéticos, os ambientais também podem influenciar, como por exemplo, uma gravidez em idade avançada, baixo peso ao nascer ou exposição do feto ao ácido valproico (medicamento indicado para casos de epilepsia, convulsões, crises de enxaqueca e transtorno bipolar).
Fatores de gênero
Outro fator de risco para o autismo é o gênero, considerando que o TEA é quatro vezes mais frequente no sexo masculino. Sobre essa questão, o manual DSM-5 traz que, de acordo com estudos clínicos, o autismo se manifesta também nas pessoas do sexo feminino, mas é identificado com menos frequência, provavelmente devido à manifestação mais sutil dos sintomas.
O Manual DSM-5 também aponta fatores culturais como dificultadores da identificação do TEA, apesar de não estarem relacionados diretamente à causa.
Sendo assim, podem acontecer alterações na comunicação ou nos relacionamentos sociais de acordo com a cultura em que a pessoa com TEA está inserida. Dessa forma, também é possível relacionar que as meninas “se camuflam” e apresentam menos os sinais do autismo por estarem inseridas em uma sociedade que já demanda delas uma posição mais contida quando se trata da comunicação e relacionamentos.
É sempre importante ressaltar que tanto o diagnóstico quanto a identificação da causa do autismo devem ser feitos por um psiquiatra, que deverá então iniciar o tratamento adequado. Por isso, não tente fazer nenhum diagnóstico caseiro ou tratamento para o TEA sem consultar um profissional médico.
Se foi útil saber um pouco mais sobre as causas do autismo, acesse nossas redes sociais para encontrar mais informações sobre o assunto!