Há diferenças entre mulheres e homens com autismo? Entenda aqui.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta cada pessoa de maneira única, contudo, pesquisas indicam que existem diferenças significativas nos padrões de comportamento e nos sintomas entre homens e mulheres diagnosticados com o transtorno.

Essas diferenças podem influenciar desde a identificação e diagnóstico até a abordagem terapêutica e de suporte necessária. Vamos explorar o que se sabe sobre essas diferenças e como elas podem impactar indivíduos com autismo.

Diagnóstico e identificação

autismo: diferenças entre homens e mulheres - diagnóstico

Historicamente, o autismo tem sido mais frequentemente diagnosticado em homens do que em mulheres. Isso pode ser parcialmente explicado pelas diferenças na manifestação dos sintomas.

Mulheres e meninas com autismo, muitas vezes, apresentam sintomas menos óbvios ou aprendem a mascarar seus desafios sociais, o que pode levar a um diagnóstico tardio ou à falta dele.

A capacidade de “mascarar” sintomas ou de se adaptar socialmente para se encaixar pode fazer com que as dificuldades enfrentadas por mulheres e meninas sejam subestimadas ou mal interpretadas.

Interesses e comportamentos

Outra diferença notada é a natureza dos interesses restritos ou das atividades repetitivas.

Enquanto meninos com autismo podem se fixar em interesses específicos de maneira mais visível, as meninas tendem a ter interesses que podem ser considerados mais apropriados para a idade, embora ainda sejam abordados com uma intensidade atípica.

Esses interesses mais “sociais” ou culturalmente aceitáveis podem contribuir para o atraso no diagnóstico de meninas.

Sensibilidade sensorial e comorbidades

Estudos também sugerem que mulheres com TEA podem experimentar sensibilidades sensoriais e comorbidades psiquiátricas, como ansiedade e depressão, de maneira diferente dos homens.

Essas diferenças na experiência sensorial e emocional requerem uma abordagem personalizada para o manejo e suporte, enfatizando a importância de uma avaliação abrangente que leve em conta as variações de gênero no autismo.

A importância do reconhecimento das diferenças

autismo

Reconhecer essas diferenças é crucial para garantir que todos os indivíduos no espectro autista recebam o diagnóstico e o suporte de que necessitam.

A adaptação de estratégias de intervenção para atender às necessidades específicas de gênero pode melhorar significativamente a qualidade de vida de mulheres e homens com autismo.

A pesquisa continua a desvendar as complexidades do TEA e como o gênero influencia sua manifestação e percepção. Organizações como a Autism Speaks e a Interagency Autism Coordinating Committee (IACC) fornecem recursos valiosos e atualizações sobre as pesquisas em andamento no campo do autismo, incluindo estudos focados nas diferenças de gênero (Autism Speaks, n.d.; IACC, 2020).

As diferenças entre mulheres e homens com autismo sublinham a necessidade de uma abordagem personalizada no diagnóstico, tratamento e suporte.

À medida que a consciência sobre essas diferenças cresce, espera-se que mais estratégias específicas de gênero sejam desenvolvidas para atender melhor às necessidades de todos no espectro autista.

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