Como se dá a depressão no espectro do autismo?
Esse assunto é muito importante, e deve ser conhecido por todos que convivem com pessoas autistas.
Afinal, a depressão é uma doença silenciosa e muito perigosa, que precisa do tratamento adequado.
Então, siga a leitura e veja mais sobre depressão no espectro do autismo a seguir!
Há casos de depressão no espectro do autismo?
Sim, inclusive, é muito recorrente.
De acordo com pesquisas recentes, quase 20% dos jovens com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) foram diagnosticados com depressão. Além disso, estima-se que quase a metade dos adultos com autismo terá um quadro depressivo em algum momento da vida.
Afinal, as pessoas com TEA são 4 vezes mais propensas a ter depressão que pessoas neurotípicas.
Mas por que isso ocorre?
Segundo médicos e pesquisadores, a depressão é uma das comorbidades mais comuns do autismo devido a fatores biológicos, psicológicos e sociais.
Então, independente do grau do autismo, os prejuízos sociais e cognitivos podem deixar o paciente abatido, estressado e deprimido.
Até mesmo os sintomas como adversidade a mudanças de rotina, meltdown e shutdown, dificuldade de reconhecer suas próprias emoções… tudo isso pode levar a um quadro depressivo.
Principais sintomas da depressão
- Humor deprimido na maior parte do dia
- Perda de interesse pelos hobbies e atividades que gosta
- Perda ou ganho significativo de peso
- Frequente insônia ou hipersonia (sonolência excessiva)
- Muita agitação ou retardo psicomotor
- Fadiga e baixa energia
- Sentimentos de culpa e inutilidade
- Falta de concentração, dificuldade para raciocinar e tomar decisões
- Pensamentos repetitivos relacionados à morte, incluindo ideias suicidas
Diagnóstico
Apesar do alto nível de pacientes com TEA e depressão, o diagnóstico ainda é um desafio.
Afinal, muitas características do autismo são semelhantes aos sintomas da depressão, como retraimento social e distúrbios do sono. Portanto, em muitos casos a depressão e o autismo se confundem.
Assim, para identificar a depressão em pacientes no espectro os médicos precisam examinar as mudanças no comportamento, fazendo um acompanhamento completo e minucioso da rotina do autista.
Tratamento
Além de um diagnóstico preciso e eficiente, é importante que o tratamento seja cuidadoso e responsável.
Afinal, os sintomas da depressão podem se agravar em pacientes com TEA, tornando-os agressivos ou aumentando os comportamentos repetitivos, o que gera ainda mais prejuízos ao desenvolvimento do indivíduo.
E, como já se sabe, a depressão pode ter consequências perigosas na qualidade de vida, aumentando o risco de pensamentos e comportamentos suicidas (que são 28 vezes mais frequentes em pacientes no espectro).
Nesse caso, o tratamento deve ser feito com acompanhamento do psiquiatra, a partir da indicação de medicação específica e psicoterapia.
Além disso, outros profissionais podem ser importantes no tratamento, como fonoaudiólogos e pedagogos, para trabalhar a interação social e comunicação.
Portanto, ao perceber sinais de depressão em pacientes com TEA, não deixe de procurar ajuda!
Em caso de sintomas de depressão no espectro do autismo entre em contato com a Dra. Jaqueline Bifano para receber um diagnóstico correto e começar o tratamento mais adequado para o paciente.