As funções executivas estão diretamente ligadas à nossa capacidade de ter autonomia e desenvolver integridade emocional e física, e no caso das pessoas com o Transtorno do Espectro Autista, acabam sendo prejudicadas.
Para que você possa entender melhor esse assunto que é tão importante, neste artigo vamos explicar melhor o que são as funções executivas, como são afetadas no autismo e como estimulá-las.
O que são funções executivas?
As funções executivas são um conjunto de habilidades cognitivas que nos ajudam a administrar nossas emoções, ações e pensamentos. Elas também estão diretamente ligadas à nossa capacidade de aprendizagem e execução das tarefas do dia a dia. Assim, seu bom desenvolvimento é fundamental para que possamos desenvolver uma vida social, afetiva, intelectual e profissional satisfatória.
Essas funções começam a ser aprimoradas logo na infância, e chegam ao ápice no final da adolescência e início da vida adulta.
De que forma são afetadas as funções executivas no autismo?
Como dito, as funções executivas estão relacionadas a diversas atividades e ações do cotidiano, como, por exemplo:
- atenção e foco para realizar tarefas;
- percepção;
- memória de trabalho;
- controle sobre a realização de atividades, como tomar iniciativas, esforçar-se e persistir nelas;
- capacidade de se planejar e organizar as tarefas de acordo com os objetivos;
- flexibilização e mudança nas estratégias caso necessário, além de busca por soluções diante de imprevistos;
- capacidade de auto-organização e revisão de si;
- capacidade de gerir o tempo e resolver diferentes problemas.
Na prática, elas ajudam na comunicação, na organização da vida, na capacidade de se adaptar aos diversos acontecimentos do dia a dia e lidar com eles tranquilamente, na organização das ideias e na retenção do conhecimento.
No caso das pessoas autistas, como apresentam disfunções executivas, podem apresentar:
- dificuldade no fortalecimento de suas relações afetivas pois não conseguem desenvolver o lado emocional, a reciprocidade e contato físico, por exemplo;
- dificuldade de desenvolver a comunicação e a organização de suas ideias;
- são muito inflexíveis e apresentam padrões restritos que não são alterados facilmente;
- têm dificuldade em gerir as situações, e não conseguem tomar decisões facilmente.
Para saber mais sobre as características da pessoa com TEA, leia nosso artigo com os principais sintomas do autismo.
Como trabalhar as funções executivas em pessoas com TEA
Quanto mais cedo essas funções forem trabalhadas, menores são as implicações desse déficit na vida da pessoa.
Por isso, logo na infância é importante que sejam propostas atividades lúdicas, que possam estimular a comunicação e sensibilidade da criança.
Além disso, a prática de esportes é muito indicada, pois ajuda no desenvolvimento dos sistemas cognitivo e sensorial. Ainda, permite que a criança tenha mais autonomia.
Outra forma importante de trabalhar as funções executivas no autismo é com ajuda profissional de um psiquiatra. Este profissional é o mais capacitado para propor atividades adequadas à idade e necessidades da criança, que certamente ajudarão em seu desenvolvimento de forma saudável, entendendo que apresentam características diferentes da maioria dos indivíduos.
Para saber mais sobre como o psiquiatra infantil pode ajudar as crianças com TEA a desenvolverem as funções cognitivas, marque uma consulta com a Dra. Jaqueline Bifano.