Entre os transtornos de personalidade está o Transtorno de Borderline. Você sabe o que é o transtorno de Borderline?
No post de hoje, vamos explicar um pouco mais sobre esse transtorno, para que você saiba quais são os sintomas, a fim de identificá-lo com mais facilidade.
Também vamos falar um pouco sobre o tratamento e como ele se manifesta na vida do paciente.
Para saber tudo sobre o que é o Transtorno de Borderline, siga com a gente!
O que é o Transtorno de Borderline?
O Transtorno da Personalidade Borderline é um transtorno caracterizado, entre outras características, pela instabilidade nas relações interpessoais, pois pacientes com o transtorno sentem medo infundado do abandono, separação ou rejeição.
Esse transtorno também causa problemas na autoimagem porque a pessoa com personalidade borderline acredita que a “rejeição” ou “abandono” se dão porque não é uma pessoa boa, ou que é insuficiente. O que pode levar, inclusive, a um quadro de depressão, automutilação e suicídio (ocorre entre 8 e 10% desses indivíduos).
Além disso, indivíduos com transtorno da personalidade borderline mostram impulsividade em áreas potencialmente autodestrutivas, como gastar dinheiro irresponsavelmente ou dirigir de maneira imprudente.
Mas como identificar o transtorno em uma pessoa, ou até em si mesmo? Confira a seguir:
Principais sintomas
Para ser caracterizado como transtorno de borderline, é preciso apresentar cinco ou mais dos sintomas. São eles:
- Esforço desesperado para evitar abandono real ou imaginado;
- Padrão de relacionamentos instáveis e intensos, alternando entre os extremos de idealização e desvalorização — a pessoa “ama demais” e costuma ter relacionamentos abusivos, com tendência de agredir física ou verbalmente quando se sente frustrada;
- Instabilidade acentuada na percepção da autoimagem — a pessoa com o transtorno tende a mudar constantemente o visual, como a cor e o corte de cabelo;
- Insatisfação constante com o corpo, o que leva a dietas drásticas, podendo desenvolver bulimia ou anorexia;
- Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas, como compulsão alimentar, abuso de substâncias, sexo, etc;
- Ameaças suicidas e comportamento automutilante;
- Irritabilidade ou ansiedade intensa durante algumas horas;
- Sentimentos crônicos de vazio;
- Raiva intensa que causa irritação e brigas físicas recorrentes.
Quando os sintomas forem percebidos, é muito importante buscar tratamento adequado. Entenda melhor na sequência:
Tratamentos
A prevalência média do transtorno na população é estimada em 1,6%, podendo chegar até 5,9%, e os sintomas costumam aparecer no início da vida adulta. Apesar de baixa prevalência, o transtorno precisa ser diagnosticado para que o tratamento inicie cedo.
O tratamento do transtorno é feito com psicoterapia e pode envolver o uso de medicamentos prescritos pela psiquiatra.
Os indivíduos que iniciam o tratamento cedo demonstram melhoras significativas, tanto na vida pessoal como profissional. Após 10 anos de tratamento, até a metade dos pacientes não apresenta mais um padrão de comportamento que caracterize o transtorno.
Assim, ao identificar os sintomas, o ideal é buscar uma psiquiatra para o diagnóstico e tratamento adequado.
E lembre-se: nunca inicie um tratamento sem acompanhamento. Se você percebeu algum dos sintomas em si mesmo ou em alguém próximo, entre em contato para marcar uma consulta!
Fonte: DSM-5